sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O URRO DA BESTA FASCISTA CONTRA O NORDESTE : LAMENTOS DA ELITE DECADENTE



Quando vemos postagens de animais urrando de ódio nas redes sociais contra os nordestinos e contra o Nordeste, devido ao avanço de Dilma Rousseff, uma mineira, no processo eleitoral que se encerra no próximo domingo (26), sobre outro mineiro, Aécio Neves, podemos imaginar que o os fantasmas fascistas, derrotados em 1945, continuam a assustar a humanidade.
O neofascismo brasileiro não é velho, mas vivia nos guetos sujos e becos escuros das ruelas do Sul e Sudeste, movidos por dementes que vivem vagando em devaneios sobre a “superioridade da raça” e “o papel central do Sul e Sudeste no desenvolvimento do país”. São ogros da democracia, mas que nessas  eleições foram alçados à primeiro plano pela forma como os tucanos resolveram IMPEDIR, veja bem, eu disse IMPEDIR, a reeleição de Dilma.
Não se trata de VENCER uma eleição, mas de criar um clima de confronto em que um partido e seus dirigentes tornam-se ALVOS de uma campanha degradante. E numa sociedade que se pretende democrática, os que trazem o DNA do ódio de classe, especialmente os mais "intelectuais", são os mais “capacitados” para serem os pontas de lança dessa tática, à exceção de Bolsonaro, um militar desqualificado que é pobre intelectualmente e Silas Malafaya, um vigarista que tem o "dom" de enrolar incautos.
  As grandes lideranças do PSDB tomaram essa tática como a única possível de vencer um governo que em todos os indicadores (econômicos e sociais) levam nítida vantagem sobre o reinado de FHC, o supremo comandante dos tucanos. Insuflaram o ódio e foram apoiados entusiasticamente por neofascistas conhecidos pela sociedade. 

Arnaldo Jabor, Lobão, Reinaldo Azevedo, Rodrigo Constantino e Rachel Sheherazade : linha de frente do neofascismo
No primeiro turno Dilma venceu em um estado do Sul (RS) e em dois do Sudeste ( MG e RJ), e perdeu em dois do Sul (PR e SC) e em dois do Sudeste (SP e ES), ou seja, o discurso contra o Nordeste não teria sentido, mas nenhum neofascista precisa de argumento racional para promover o ódio.
Mas o Nordeste é tão burro assim, como insinuou o ex-presidente FHC? Será que podemos ser vistos como um “curral do PT”? Ou como disse o prefeito de Salvador, o reacionário neto de Antonio Carlos Magalhães, ACM Neto, somos “domínio do PT”?
Olhando o passado, não tão distante, veremos o Nordeste pobre, decadente e dependente das “boas ações” do governo federal e sendo beneficiário de campanhas de ajuda, feita por senhoras paulistas, com seus brincos reluzentes e chiquérrimas, que promoviam “festas beneficentes” para recolher roupas e alimentos para os “pobres nordestinos”, pessoas “menos favorecidas”.
Basta um rápido olhar sobre o passado recente para ver que o Democratas (DEM), do neto de ACM, vivia da miséria e das secas, formando currais de pobreza que davam votos aos velhos coronéis, que em troca davam frentes de emergência. O PSDB, que agora é unha e carne com o DEM, absorveu com maestria o DNA do DEM e, junto com o PMDB, tornaram-se sucessores do DEM nesse tipo de política no Nordeste.
Nordeste dos sonhos dos neofascistas do Sul e Sudeste e das elites (e seus aliados) nordestinos : objeto de estudo e de simpatia das "senhoras bondosas"
 Talvez o urro de ódio dos neofascistas do Sul venha da perda de um Nordeste faminto e pobre, que era chamado de “coitado” e vivia gerando riqueza por lá com sua mão-de-obra. Mas e o urro de ódio de nordestinos contra o Nordeste que deu expressiva votação a Dilma no primeiro e ampliará essa votação no segundo turno?
Nesse caso o ódio de classe puro e simples é a explicação para esse comportamento. Esse urro nasce dentro das elites e de uma parte da classe média que se identifica com o perfume das classes altas paulista e que nutre desprezo para os que tiveram ascensão social nesses últimos doze anos.
O ódio desses nordestinos que odeiam o Nordeste é o dos que reverenciam as desigualdades sociais e querem que o pobre seja objeto de pena e de estudos antropológicos e sociológicos e não de qualidade de vida.
O fato incontestável é que os governos Lula e Dilma fizeram gigantescos investimentos no Nordeste e começou a retirar essa região do destino traçado pelas elites. Ainda falta muito para que o Nordeste seja colocado numa posição mais próxima do desenvolvimento justo, mas começamos a dar esse passo.
Somos nordestinos com orgulho e a nossa mão estendida não é mais para pedir esmolas, mas para oferecer amizade e boas vindas.
E até podemos ceder o pouco da nossa água para os paulistas.

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