quarta-feira, 31 de outubro de 2012

MICARLA É AFASTADA : SALVE-SE QUEM PUDER!

O caos administrativo está definitivamente instalado em Natal. 

A população, que já havia percebido o completo desregramento da gestão neste melancólico final de mandato, recebeu a notícia de que a prefeita foi afastada do seu cargo. A Justíça paquidérmica enfim resolveu afastar a senhora prefeita, a pedido do Ministério Público. 

Há fortes indícios, muito fortes, fortíssimos, de que a gestora envolveu-se com os meliantes pegos na Operação Assepsia. Por isso,num juridiquês próprio, o TJ-RN resolveu afastar a borboleta das funções por suas "supostas" ligações com o esquema.

E como é tradição num naufrágio, os ratos começaram a abandonar o navio. O PV nacional decidiu afastar a prefeita da presidência do partido, que será assumida pelo bufão Paulo Wagner. A nossa prefeita entrará num tal de Partido Ecológico Nacional.

Dizem as más línguas que havia uma aposta nas empresas que fazem pesquisa, que a prefeita afastada bateria os 100% de aprovação. Não veremos mais esse provável resultado.

O mais trágico nessa comédia é que muitos dos seus defensores voltarão alegremente à Câmara via voto do "povo".


ELEIÇÕES NA REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL: CATIRIPAPOS E POUCA POLÍTICA EM EXTREMOZ.


Com uma área de 125,7 km² e uma população de 24.600 habitantes (IBGE, 2011), o município se localiza no chamado Leste Potiguar e se caracteriza por ter uma taxa de urbanização relativamente alta (64,2%) e por ter um atrativo turístico reconhecidamente importante, que é a praia de Genipabú. A cidade localiza-se a apenas 14 km de Natal, e recebe diretamente a influencia dessa cidade O PIB, estimado em R$ 369,5 milhões (IBGE, 2008), tem como maior responsável o setor secundário com 51,8% dele, vindo a seguir o setor terciário com 36,3% e o setor primário com 11,9% do PIB local.

Examinar o resultado eleitoral de Extremoz requer um pouco de paciência. Lá também se repetiu o que aconteceu em outras cidades, ou seja, a ruptura entre o prefeito e o vice, gerando duas candidaturas. Gileno Guanabara, figura conhecida entre os mais velhos militantes da esquerda potiguar, já que tivera uma passagem pelo antigo PCB e , a seguir, ingressou no PMDB aluizista, entrara no PT e formou chapa com o atual prefeito, Klaus Rêgo (PMDB), que venceu as eleições de 2008.

Klaus Rego (PMDB)
Nestas eleições o prefeito rompeu sua aliança com o PT e foi buscar abrigo no sistema governista, formando coligação com o DEM. Recebeu o apoio do PDT (que faz oposição do DEM no estado) e de pequenos partidos, inclusive da franquia do deputado estadual Fábio Dantas (o PHS). Daí nasceu a coligação “Extremoz Cada Vez Mais Forte”. A governadora Rosalba Ciarlini fez campanha ao lado do prefeito e lançou seu peso político nessa candidatura.

O prefeito teve, desde a sua eleição, em 2008, que enfrentar várias acusações e processos, entre eles o da Procuradoria Regional Eleitoral que pediu as anulações das eleições de 2008 devido ao flagrante uso do poder econômico por parte da chapa Klaus/Gileno (ver em http://www.noticiasdorn.com.br/2009/04/prern-e-favoravel-novas-eleicoes-em.html ), mas conseguiu manter sua candidatura.

Por outro lado, a candidatura do ex-prefeito Enilton Trindade (PR), que governou entre 2000 e 2008, foi ungida pelo deputado federal João Maia (PR), teve o apoio do PSD de Robinson Faria, do PSB wilmista e do PCdoB.

Como em toda e qualquer campanha destituída de qualquer rasgo de pundonor, os dois principais candidatos se engalfinharam numa disputa em que o ritmo foi ditado pelas baixarias de lado a lado, fartamente documentadas pelas redes sociais. É bom lembrar que o atual prefeito foi vice de Enilton, ou seja, escancara-se uma briga despolitizada pelo poder, baseada em acusações e ações que colocaram a situação do município em segundo plano. A disputa eleitoral passou a ser uma rinha.

O terceiro candidato foi o vereador Djalma Sales, o “Macho” (PSDB), um pescador que estava no seu segundo mandato, lançou sua candidatura e inicialmente foi apoiado pelo PCdoB, PT do B e PSDC, e que posteriormente formou a coligação com o minúsculo PT do B. O “Macho” esperava ser uma “alternativa” ao “despotismo” do atual prefeito, num discurso repetitivo e monótono de lideranças que querem ser, antes de tudo, vistas como “nascidas do povo”.
Um outro postulante foi o professor e engenheiro Carlos Nazareno (PPS), que formou uma coligação com pequenos partidos (PRTB/PV/PTC), sem grandes pretensões. Já a candidatura do vice-prefeito e, agora, opositor de Klaus Rego, Gileno Guanabara, trás a marca do ocaso político de quem já foi uma referência para um segmento das esquerdas potiguares, mas que ofereceu seu nome a uma chapa encabeçada por José Agripino, não conseguiu forjar nenhuma aliança e sua candidatura estava fadada ao fracasso, o que afinal aconteceu, amargando ridículos 0,95% dos votos.

Utilizando descaradamente a máquina administrativa e o peso político dos apoios, o atual prefeito foi reeleito com 47,03% dos votos, deixando bem atrás o ex-prefeito Enilton, que ficou com 26,25% dos votos. A disputa acirrada acabou se refletindo na composição da Câmara de Vereadores: o governo fez uma bancada de 6 vereadores (PMN, 4 e PMDB, 2) e a oposição 5 (PSD, 2; PMDB, 2 e o PCdoB 1). Note-se que o PR, partido Do ex-prefeito Enilton, não elegeu nenhum vereador, perdendo as duas cadeiras que detinha assim como o PSB wilmista que perdeu as duas cadeiras. Destaque para o PMN que não tinha representação e agora passa a ter 4 cadeiras.

A eleição em Extremoz revelou que o jogo político, longe de se constituir num espaço em que deveriam ser apresentadas propostas programáticas ou que, pelo menos, o cidadão pudesse se identificar com algum tipo de ideologia, mas se adéqua à imagem de uma luta de “vale tudo”, onde as regras mínimas de comportamento são deixadas ao lado e o cheiro fétido das intrigas e fofocas parece prosperar.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

ELEIÇÕES NA REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL : NÍSIA FLORESTA E O REINO DAS OLIGARQUIAS.


Localizada na microrregião de Macaíba e na mesoregião do Leste Potiguar, o município tem uma área de 306 km² e uma população de 23.818 habitantes (IBGE,2010). Com um PIB girando em torno dos R$ 660,1 milhões (IBGE,2008), situa-se numa área privilegiada do litoral, contando com praias (pequena parte de Pirangi, Búzios, Barra de Tabatinga, Camurupin e Barreta ) em que o ramo imobiliário foi extremamente bem sucedido, além da carcinicultura e onde há um forte potencial para o setor turístico.

Camila Ferreira - DEM
Em Nísia Floresta, os grupos e clãs estavam firmemente unidos e engajados em eleger seu candidato, na figura da jovem arquiteta Camila Ferreira, da coligação “União do Povo” (DEM/PP/PMDB/PSC/PR/PPS/PSDB/PSD), que somou Alves, agripinistas, o grupo de João Maia e até o “grupo” do vice-governador, Robinso Faria. Faria, que troca sopapos com os rosalbistas-agripinistas, apoiou os mesmos naquela cidade.

Do “outro lado” estava Marize Leite, do menos que desconhecido Partido Republicano Progressista (PRP), mas que é a herdeira política do finado ex-prefeito, Almir Leite (falecido em 2007), agregou o apoio do PSB wilmista, do PT, do PCdoB, e de outras siglas menores, entre elas o PHS de Fábio Dantas,  na coalizão “Força do Povo”. Marize, vice-prefeita da gestão George Ney, tio de Camila Ferreira, acabou sendo excluída desse grupo e as “ações” de George Ney passaram a se concentrar na eleição de sua jovem sobrinha.

Marize contou com o apoio direto de Fátima Bezerra (PT) e da bela deputada estadual Gesane Marinho, que é do PSD, mesmo partido do vice-governador, que apoiou a outra candidatura! A deputada estadual do PSD, apoiou a candidatura de uma coligação que é contra o seu partido! Mas não se espantem, pois o deputado estadual Gustavo Carvalho (PSB), ignorou solenemente seu partido e apoiou a candidatura de Camila, do DEM.

Venceu Camila, com 57,5% dos votos e sua coligação elegeu TODOS os 11 vereadores da Câmara Municipal local (PMDB, 4: DEM, 2 ; PSD, 2; e o  PSDB, PPS e PR, com 1 cada).  

Em Nísia Floresta as oligarquias, grupos e clãs deram uma demonstração de força.

ELEIÇÕES NA REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL : BARAFUNDA EM MONTE ALEGRE


Localizada no Agreste, Monte Alegre tem 200 km² e uma população de 21.000 habitantes (IBGE,2012). É distante 34 km da capital e o seu PIB fica em torno de R$ 80 milhões (IBGE,2008).

Em Monte Alegre podemos descrever o processo eleitoral como uma verdadeira barafunda, pelo fato de quem em todo o processo ocorreram dezenas de denúncias, de parte a parte, de compra e venda de votos, e na medida em que a Justiça Eleitoral a princípio indeferira as duas únicas candidaturas, No dia 10, passada a eleição e com a divulgação inicial de que ninguém havia sido eleito, O TER acabou por deferir a candidatura de Severino Rodrigues da Silva, conhecido como “Severino da Irmã Dulce”, mas manteve o indeferimento da candidatura de Graça Marques, atual prefeita do município.

Severino "Da Irmã Dulce"
“Severino da Irmã Dulce”(PMDB) foi candidato de uma estranha coligação (Renova Monte Alegre) que reuniu o partido dos Alves (PMDB), o de Rogério Marinho (PSDB), o PT e o PR de João Maia, mais o inexpressivo PSDC. E deu o troco em Graça, já que em 2008 fora derrotado pela mesma.

Do outro lado, Graça (PSD), que já foi eleita prefeita em 1989 e 1998, e é de matriz agripinista, foi lançada pelo “grupo”, que se agrega em torno do vice-governador, Robinson Faria, execrado pelo DEM rosalbista, mas que lá participou da coligação, mais o PSB wilmista e o PCdoB (pasmem!). 

Realmente é de deixar qualquer indivíduo minimamente inteligente, boquiaberto. Sua candidatura atraiu até o ex-prefeito Solón Ubarana, tradicional adversário do “grupo” de Graça.

A disputa acirrou-se na medida em que Graça aproximou-se do vice-governador, o que a afastou de Rosalba e deu ao PDMB a força que precisava para forjar uma aliança para derrotá-la. Foram registrados vários casos de agressões entre “bacuraus” e “bicudos”. A eleição foi transformada numa disputa violenta pelo poder local e o “povo” foi engolfado nela e o chafurdo foi quem prevaleceu no pleito.

A Câmara de Vereadores de Monte Alegre, que tem 11 cadeiras, deu ao “bloco do prefeito” 7 vereadores (PSDB 3, e 4 do PMDB, PT, PR e PSB), contra 4 do PSD. Nesse caso Robinson marcou pontos  ao seu favor, fortalecendo sua penetração naquele município, mesmo sofrendo uma derrota no pleito majoritário.

Embora seja difícil analisar tamanha confusão de alianças, a eleição do peemedebista mostrou que o clã Alves, sob a chefia de Garibaldi Alves, venceu a batalha, mas com uma eleição tão acirrada, percebe-se que as hostes peemedebistas e agripinistas ainda tem muita força na região, embora a força do vice-governador não deva ser descartada.

ELEIÇÕES NA REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL : VERA CRUZ


Iniciaremos a análise introdutória das eleições municipais na Região Metropolitana de Natal, pelo pequeno e pobre município de Vera Cruz.


Com uma área de 92,1 km², localiza-se na região do Agreste Potiguar e tem pouco mais de 10.000 hab. (IBGE, 2009) e um PIB de R$ 25 milhões (IBGE,2005). É distante 41 km de Natal. A atividade predominante é a agricultura. Em 2009 o município passou a fazer parte da Região Metropolitana de Natal, projeto de autoria do deputado estadual Arlindo Dantas (PMDB) que, na época, justificou a entrada do município “por estar perto de São José Mipibú e Monte Alegre”. Nada mais justo né?

JOão Paulo Braga (PMDB)
O prefeito eleito, João Paulo (PMDB), que recebeu o apoio do atual prefeito, Marcos Cabral, na coligação “Seguindo em Frente” terá uma bancada de 7 dos 9 vereadores (PSB, 4; PMDB, 2 e o PR, 1) e o PSD, que elegeu 2 vereadores, fará a oposição. 

 Com essa eleição mantém-se incólume a liderança da família Cabral (que vem desde a década de 90). O atual prefeito, que está a 8 anos no poder, indicou seu sobrinho, um jovem imberbe e pouco conhecido, mas que carregou peso da força da máquina e da riqueza da família Cabral, cujo poder econômico no município é inconteste.

O PT, nessa cidade, aliou-se ao DEM e ao PSDB, integrando a coalizão “É A Vez do Povo”, cuja candidata foi Marleide Borges (PSD), atual vice-prefeita. Essa candidatura foi ungida pelo vice-governador Robinson Faria, chefe do PSD no RN.

Em Vera Cruz, os Alves, donos do PMDB do RN, não ofereceram nenhuma resistência ao apoio do PSB, da ex-governadora Wilma de Faria. A aliança reuniu o apoio dos Alves, de Wilma e de João Maia, chefe do PR.

E o aliado estadual do PDMB, o DEM, de Agripino, formou ao lado do desafeto de Rosalba, Robinson, defenestrado pelo clã que governa o RN e que se refugiou no PSD.

UMA VISÃO SOBRE AS ELEIÇÕES NA REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL


Terminado o fuzuê eleitoral, é chegada a hora do rescaldo dos resultados. Apresento aqui uma pequena e rápida observação sobre o conjunto do processo eleitoral do RN, começando pela Região Metropolitana de Natal dada a sua importância. E começaremos pelas eleições majoritárias, visto que elas acabam influenciando diretamente a formação das coligações proporcionais.
 
1 – REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL
São dez municípios, com uma área total de 2.811 km² (5,3% da área do RN), com uma população estimada em 1.400.000 habitantes (43,0% da população do RN). Estes dez municípios representam 49,8% do PIB potiguar, o que dá a dimensão da importância dessa região para o estado.

MUNICÍPIO
CANDIDATOS
COLIGAÇÕES
VOTO 1° TURNO
 (%) [1]
VOTO 2° TURNO
(%)
NATAL
(810.000 hab)
Carlos Eduardo
PDT/PSB/PCdoB/PRB/PTN/PPS/PHS/PPL/PSD
40,42
58,31

Hermano Moraes
PMDB/PP/PSC/PR/PSDC/PRTB/PMN/
PTC
23,01
41,69

Fernando Mineiro
PT
22,63


Rogério Marinho
PSDB/PTB/PSL/DEM/PRTB/PRP/
PT do B
10,16


Robério Paulino
PSOL/PSTU
3,57


Roberto Lopes
PCB
0,21


Abstenções

18,32
19,44

Nulos

7,28
9,46

Brancos

4,42
3,71





PARNAMIRIM
(208.500 hab)
Mauricio Marques
PDT/PRB/PT/PMDB/PPS/PSDC/PRTB/PHS/PMN/PSB/PRP/PPL/PSD/PCdoB/
PT do B
55,41


Gilson Moura
PV/PP/PTB/PSC/PR/DEM/PTC/PSDB/
PTN
39,27


Tita Holanda
PSOL
5,01


“Camarada” Leto
PCB
0,32


Abstenções

14,42


Nulos

7,73


Brancos

4,26






SÃO GONÇALO DO AMARANTE
(89.100 hab)
Jaime Calado
PR/PRB/PP/PTB/PDT/PT/PMDB/PSL/DEM//PTN/PMN/PSB/PV/PSDB/PPL/
PCdoB
61,92


“Professora Tereza
PSDC
27,94


Ana Maria
PSC
5,82


“Zé” Targino
PRP
4,32


Abstenção

14,34


Nulos

6,85


Brancos

4,73






MACAIBA
(70.600 HAB)
“Dr.” Fernando
PMN/PTB/DEM
52,53


Marília Dias
PMDB/PDT/PSL/PTN/PR/PPS/PSD/
PCdoB
40,76


“Dr.” Menguita
PSB/PRB/PP/PT/PSC/PHS/PSB/PSDB
6,71


Abstenção

5,92


Nulos

4,75


Brancos

2,22






CEARÁ-MIRIM
(69.000 hab)
Peixoto
PR/DEM/PCdoB/PT do B
31,96


Ednólia Melo
PMDB/PRB/PSC/PRTB/PSB/PV/PRP/
PSDB
30,13


Júlio Cesar
PSD/PDT/PT/PTB/PPS/PHS
23,52


“Dr.” Marcílio
PP/PTC
13,29


“Dedé” Luz”
PSL/PSDC
1,10


Abstenção

14,43


Nulos

4,48


Brancos

2,56






SÃO JOSÉ DE MIPIBÚ
(40.500 hab)
Arlindo Dantas
PMDB/PRB/PTB/PR/DEM/PHS/PMN/
PSB/PSDB/PT do B
51,01


“Kerinho” (Kericlis Alves Ribeiro)
PSD/PP/PT/PV/PRP
45,10


“Rôda” (Lenilson Fernandes Trigueiro
PTN
3,89


Abstenção

7,97


Nulos

6,07


Brancos

3,36






EXTREMOZ
(25.000 hab)
“Klaus” (Klaus Torquato Rêgo)
PMDB/PDT/PSL/PTN/DEM/PHS/PMN
47,03


Enilton Trindade
PR/PRB/PP/PSB/PSD/PCdoB
26,25


“Macho” (Djalma de Sales)
PSDB/PT do B
19,26


Carlos Nazareno
PPS/PRTB/PTC/PV
6,51


Gileno Guanabara
PT
0,95


Abstenção

7,01


Nulos

4,07


Brancos

1,77






NISIA FLORESTA
(24.000 hab)
Camila (Camila Maciel Ferreira)
DEM/PP/PMDB/PSC/PR/PPS/PSDB/
PSD
57,51


Marize Leite
PRP/PT/PSL/PTN/PSDC/PHS/PSB/
PRP/PCdoB
42,49


Abstenção

8,07


Nulos

5,57


Brancos

2,95






MONTE ALEGRE
(20.000 hab)
Severino “da Irmã Dulce” (Severino Rodrigues da Silva)
PMDB/PRB/PT/PR/PSDC/PSDB
100,00[2]


Abstenção

14,69


Nulos

49,57


Brancos

1,76






VERA CRUZ
(11.000 hab)
João Paulo
PMDB/PR/PSB
60,50


Marleide (Marleide Maciel Pinheiro Borges)
PSD/PT/DEM/PSDB
39,50


Abstenção

10,03


Nulos

5,03


Brancos

2,07


O PMDB elegeu 4 prefeitos (São José de Mipibú, Extremoz, Monte Alegre e Vera Cruz); o PDT elegeu 2 prefeitos (Natal e Parnamirim); o PR elegeu dois (São Gonçalo do Amarante e Ceará-Mirim); O DEM (Nísia Floresta) e o PMN (Macaíba) elegeram um cada.
Olhando a eleição majoritária, onde se concentram as alianças que se refletem nas eleições proporcionais, vê-se de imediato que as oligarquias e seus acólitos mantém firme controle da região, embora essas alianças tenham também refletido que essas mesmas forças tiveram que, em algum momento buscar apoios na esquerda (PT e PCdoB) para conseguirem vencer o pleito. Obviamente que a aliança nacional PT/PMDB foi reproduzida em 3 dos 10 municípios (Parnamirim, Monte Alegre e São Gonçalo do Amarante), o que revela que a aliança nacional não tem a mesma organicidade na Região Metropolitana de Natal.
Por outro lado o que o que percebe claramente é que o sistema eleitoral brasileiro reproduz uma colcha de retalhos, no que se refere a coligações, que são feitas considerando as demandas das oligarquias, mas também as especificidades do município, o que leva à alianças esdrúxulas como a de São Gonçalo que acabou colocando num mesmo lado o PCdoB, o PT e o DEM, ou em Ceará-Mirim onde o PCdoB integrou uma coligação em que estava o DEM.
O que realmente se destaca nessa rápida observação é que as esquerdas estão muito aquém do mínimo para começar a imaginar em mudar a configuração política da região mais rica do RN.


[1] Os votos dos candidatos a prefeitos são considerados somente os válidos.
[2] A candidata da coligação PSD/PRB/PTB/PR/DEM/PMN/PSD/PSB/PCdoB, Graça Marques, teve sua candidatura impugnada pela Justiça eleitoral, sendo que seus votos foram anulados.
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