terça-feira, 30 de outubro de 2012

ELEIÇÕES NA REGIÃO METROPOLITANA DE NATAL : BARAFUNDA EM MONTE ALEGRE


Localizada no Agreste, Monte Alegre tem 200 km² e uma população de 21.000 habitantes (IBGE,2012). É distante 34 km da capital e o seu PIB fica em torno de R$ 80 milhões (IBGE,2008).

Em Monte Alegre podemos descrever o processo eleitoral como uma verdadeira barafunda, pelo fato de quem em todo o processo ocorreram dezenas de denúncias, de parte a parte, de compra e venda de votos, e na medida em que a Justiça Eleitoral a princípio indeferira as duas únicas candidaturas, No dia 10, passada a eleição e com a divulgação inicial de que ninguém havia sido eleito, O TER acabou por deferir a candidatura de Severino Rodrigues da Silva, conhecido como “Severino da Irmã Dulce”, mas manteve o indeferimento da candidatura de Graça Marques, atual prefeita do município.

Severino "Da Irmã Dulce"
“Severino da Irmã Dulce”(PMDB) foi candidato de uma estranha coligação (Renova Monte Alegre) que reuniu o partido dos Alves (PMDB), o de Rogério Marinho (PSDB), o PT e o PR de João Maia, mais o inexpressivo PSDC. E deu o troco em Graça, já que em 2008 fora derrotado pela mesma.

Do outro lado, Graça (PSD), que já foi eleita prefeita em 1989 e 1998, e é de matriz agripinista, foi lançada pelo “grupo”, que se agrega em torno do vice-governador, Robinson Faria, execrado pelo DEM rosalbista, mas que lá participou da coligação, mais o PSB wilmista e o PCdoB (pasmem!). 

Realmente é de deixar qualquer indivíduo minimamente inteligente, boquiaberto. Sua candidatura atraiu até o ex-prefeito Solón Ubarana, tradicional adversário do “grupo” de Graça.

A disputa acirrou-se na medida em que Graça aproximou-se do vice-governador, o que a afastou de Rosalba e deu ao PDMB a força que precisava para forjar uma aliança para derrotá-la. Foram registrados vários casos de agressões entre “bacuraus” e “bicudos”. A eleição foi transformada numa disputa violenta pelo poder local e o “povo” foi engolfado nela e o chafurdo foi quem prevaleceu no pleito.

A Câmara de Vereadores de Monte Alegre, que tem 11 cadeiras, deu ao “bloco do prefeito” 7 vereadores (PSDB 3, e 4 do PMDB, PT, PR e PSB), contra 4 do PSD. Nesse caso Robinson marcou pontos  ao seu favor, fortalecendo sua penetração naquele município, mesmo sofrendo uma derrota no pleito majoritário.

Embora seja difícil analisar tamanha confusão de alianças, a eleição do peemedebista mostrou que o clã Alves, sob a chefia de Garibaldi Alves, venceu a batalha, mas com uma eleição tão acirrada, percebe-se que as hostes peemedebistas e agripinistas ainda tem muita força na região, embora a força do vice-governador não deva ser descartada.

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Por Wellington Duarte. Tecnologia do Blogger.

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