domingo, 19 de outubro de 2014

A DEMOCRACIA BRASILEIRA ENFRENTA A CILA FASCISTA : A BESTA FASCISTA QUE ASSOMBRA O PROGRESSO TEM VOZ E FACE


O acirramento da disputa eleitoral envolvendo Dilma Rousseff e Aécio Neves trouxe à tona o que já vinha se tornando evidente na sociedade brasileira: a polarização. Uma polarização gerada não apenas pela luta que o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB), travam desde 1994 e que, ao longo do tempo foi se tornando cada vez mais dura.
A chegada do PT ao poder, em 2003, iniciou uma nova fase, visto que o PSDB/PFL (hoje DEM) passou à oposição e, desde então, iniciou-se um processo de satanização do PT, que nos anais da ciência política não encontram muitos paralelos.
A produção incessante de escândalos, mostrando, de fato, um aparelho estatal apodrecido, passou a ser capitaneada pela oposição, na medida em que esta tornou a corrupção peça-chave do seu discurso, visto que no campo das ideias o neoliberalismo, adotado pelo PSDB/DEM/PPS, não era acatado por uma sociedade que estava em mutação.
A verdadeira revolução na pirâmide social, provocada pelo governo de coalizão, no qual setores absolutamente divergentes conviviam, trouxe uma nova camada média, chamada de classe média, apresentada ao mundo do consumo capitalista, mas com nenhuma intermediação política, na medida em que o partido-líder desse processo, o PT, aparentemente acreditou que a ascensão social provocaria uma mudança nas suas consciências e que elas perceberiam que o avanço social deveu-se a uma forte ação governamental. Doce ilusão.
A denúncia, feita em meados de 2004, de haveria um repasse de recursos via “caixa 2”, pelo PT aos seus aliados, provocou na oposição uma histeria que logo se transformaria em tática política para derrotar o primeiro governo de Lula. A cunhagem feita pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB), que haveria um “mensalão”, repasse mensais de dinheiro PÚBLICO, por parte do governo, tornou-se sinônimo de corrupção.
Em 2005 Roberto Jefferson criou o termo "mensalão" : a imprensa e a oposição adotaram o termo como sinônimo de "governo do PT"
 Em 2008 o fascista histérico Reinaldo Azevêdo, de mediocridade intelectual reconhecida, cunhou o termo “petralha”, para introduzir no imaginário a noção de que o PT era uma quadrilha de bandidos, instaladas no estado e que se reproduziam como vermes. O termo logo foi absorvido pelas pessoas, na medida em que o STF, comandado pelo neo-fascista Joaquim Barbosa, talvez imaginando que seu nome seria saudado como o “grande salvador”, conduziu uma das mais escandalosas peças de deformação jurídica, tornando o julgamento da Ação Penal 470, um circo em que o PT passaria a ser execrado diariamente em redes de televisão.
Em 2008 o fascista Reinaldo Azevedo criou o termo "petralha", e a oposição e mídia absorveram o termo para satanizar o PT
 A baixa capacidade de resposta do PT e a péssima comunicação do governo insuflaram a oposição e a satanização do PT passou a ser direcionada para os dirigentes do partido. Era preciso desconstruí-lo e depois destruí-lo. Parece que só os dirigentes petistas não perceberam o sério risco que corriam e o governo continuou apostando que o desenvolvimento brecaria o anti-petismo.
Agora, ciente de que uma derrota seria catastrófica, as oposições resolveram aplicar o que a Venezuela, a Bolívia, o Equador, Honduras e Argentina já vivenciaram: a aliança entre as oposições, a mídia oligopolizada, parte do Judiciário, as corporações médicas, parte da Polícia Federal e os setores mais atrasados da sociedade, que querem a destruição pura e simples do PT.
Coube ao Partido da Imprensa Golpista (PIG), liderado pelas Organizações Globo, aquela que deve mais de R$ 500 milhões em impostos, mas que recebe tratamento diferenciado por parte do governo, tornar o PT e o Governo, símbolos da corrupção, ampliando as denúncias de corrupção que envolve membros do PT e praticamente “escondendo” as denúncias que envolvem partidos de oposição. É a chamada “guerra de classes” em ação.
E, nessa guerra, o ódio e o ressentimento emergem de forma brutal. O fascismo tupiniquim, represado nas camadas mais altas da classe média, está exposto e suas vísceras mostram o ódio que esses elementos têm para com a democracia. Se essas figuras reacionárias dispusessem de armas, talvez estivéssemos bem além de disputas retóricas. 
Lobão é a expressão mais selvagem do neo-fascismo brasileiro e o ódio ao PT é a sua bandeira de luta
 O ódio de classe enfim mostrou que a luta de classes não apenas sobreviveu aos “delírios do consumo”, mas tornou-se forte e com determinação política de chegar ao poder. O PSDB tomou o caminho do fascismo e insuflou suas massas a aderirem à violência, ainda retórica.
Os democratas e todas as forças progressistas estão diante de uma cruzada reacionária, que só teve precedentes em 1954, quando se tornou necessária a execração de Getúlio, e em 1964, quando os reacionários e parte da classe média apoiou o Golpe de Abril, que Aécio Neves agora chama de “revolução”, talvez para confortar os velhos caquéticos do Clube Militar, que o consideram a “salvação do Brasil”.
Alea Jacta east!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por Wellington Duarte. Tecnologia do Blogger.

Tema Original do WordPress. Adaptado por Lissiany Oliveira.