quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

A TRAGÉDIA DA "CHARLIE HEBDO" E A TRAGÉDIA DA IGNORÂNCIA NAS REDES SOCIAIS



O brutal atentado ocorrido em París, a chamada “cidade-luz”, em que doze vidas foram ceifadas por dois animais sedentos de sangue e munidos de ignorância e ódio, sacudiu o mundo e me parece a mente das pessoas também.
De repente, como mágica, apareceram admiradores da pequena revista francesa Charlie Hebdo, embora 99,99999....% não tenha a mínima ideia nem do que ela publicava. Seja sincero com sua consciência : você conhecia a Charlie Hebdo?
 Foi vitima de atentado terrorista, PROVAVELMENTE islâmico, que NÃO  É A MESMA COISA QUE ÁRABE, e pronto...seus donos e trabalhadores, trágica e estupidamente mortos, viraram bastiões da "liberdade de imprensa", em defensores da democracia.
"Eu sou Charlie" tornou-se uma "coqueluche" nas manifestações dos franceses, cuja maioria ignorava solenemente a revista, que vivia à beira da falência já há algum tempo. Não eram simpáticos à sociedade francesa. Mas depois de mortos, é como se a tiragem da Charlie fosse maior que a do Le Monde.
Nas Redes Sociais é de causar espanto o grau de ignorância que se dedicaram a escrever besteiras e insanidades sobre o ocorrido. Alguns simplesmente parecem ter saído da Idade Média, pregando disfarçadamente uma "guerra santa" contra o islã, e obviamente para essas criaturas islã é igual árabe. em nome da "guerra santa" dos fundamentalistas.
As imbecilidades, derivadas muitas vezes da desinformação ou de mentes reacionárias, pululam nas redes e as postagens se multiplicam. A esmagadora maioria delas mostrando uma certa aversão à informação e um apego desmesurado ao senso comum.
As charges, duramente anticlericais, baixavam o malho em todas as religiões e me divirto com a ideia de ver os mesmos cristãos que vociferam contra o islã, ver uma charge contra o Papa e a Igreja Católica, cujo teor escatológico me surpreendeu. 
Numa França onde o anticlericalismo é muito forte, a "Charlie Hebdo" se destacava pelo seu radicalismo
 Os mortos, num total de 12, morreram por fazerem parte de uma complexa rede de processos que atinge a Europa, o Oriente Média, o Irã e o Afeganistão e a participação da França na guerra civil da Síria, armando até os dentes os fundamentalistas de lá, com a ajuda da fundamentalista Arábia Saudita, é SOLENEMENTE ignorada e pode, indiretamente, ter ceifado essas doze vidas.
Mais patético é ver o governo francês, do “socialista”, François Hollande, fiel aliado dos EUA; o único país do mundo em que utiliza meios terroristas de forma clara e desavergonhada, nesse caso os EUA; e o principal financiador do novo fundamentalismo islâmico, a Arábia Saudita, se mostrarem estupefatos com o atentado. A hipocrisia pode ser de governos e Estados.
A Globo, como sempre, já se apoderou dos doze cadáveres e como uma ave agourenta, os colocou debaixo dos braços e os usa para aumentar seus minguados índices de audiência.
E a Grande Escuridão está no horizonte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Por Wellington Duarte. Tecnologia do Blogger.

Tema Original do WordPress. Adaptado por Lissiany Oliveira.