O
brutal atentado ocorrido em París, a chamada “cidade-luz”, em que doze vidas
foram ceifadas por dois animais sedentos de sangue e munidos de ignorância e
ódio, sacudiu o mundo e me parece a mente das pessoas também.
De
repente, como mágica, apareceram admiradores da pequena revista francesa Charlie
Hebdo, embora 99,99999....% não tenha a mínima ideia nem do que ela publicava. Seja
sincero com sua consciência : você conhecia a Charlie Hebdo?
Foi
vitima de atentado terrorista, PROVAVELMENTE islâmico, que NÃO É A MESMA COISA QUE ÁRABE, e pronto...seus
donos e trabalhadores, trágica e estupidamente mortos, viraram bastiões da
"liberdade de imprensa", em defensores da democracia.
"Eu
sou Charlie" tornou-se uma "coqueluche" nas manifestações dos
franceses, cuja maioria ignorava solenemente a revista, que vivia à beira da
falência já há algum tempo. Não eram simpáticos à sociedade francesa. Mas
depois de mortos, é como se a tiragem da Charlie fosse maior que a do Le Monde.
Nas
Redes Sociais é de causar espanto o grau de ignorância que se dedicaram a
escrever besteiras e insanidades sobre o ocorrido. Alguns simplesmente parecem
ter saído da Idade Média, pregando disfarçadamente uma "guerra santa"
contra o islã, e obviamente para essas criaturas islã é igual árabe. em nome da
"guerra santa" dos fundamentalistas.
As
imbecilidades, derivadas muitas vezes da desinformação ou de mentes
reacionárias, pululam nas redes e as postagens se multiplicam. A esmagadora
maioria delas mostrando uma certa aversão à informação e um apego desmesurado
ao senso comum.
As
charges, duramente anticlericais, baixavam o malho em todas as religiões e me
divirto com a ideia de ver os mesmos cristãos que vociferam contra o islã, ver
uma charge contra o Papa e a Igreja Católica, cujo teor escatológico me
surpreendeu.
Numa França onde o anticlericalismo é muito forte, a "Charlie Hebdo" se destacava pelo seu radicalismo |
Os
mortos, num total de 12, morreram por fazerem parte de uma complexa rede de
processos que atinge a Europa, o Oriente Média, o Irã e o Afeganistão e a
participação da França na guerra civil da Síria, armando até os dentes os
fundamentalistas de lá, com a ajuda da fundamentalista Arábia Saudita, é
SOLENEMENTE ignorada e pode, indiretamente, ter ceifado essas doze vidas.
Mais
patético é ver o governo francês, do “socialista”, François Hollande, fiel
aliado dos EUA; o único país do mundo em que utiliza meios terroristas de forma
clara e desavergonhada, nesse caso os EUA; e o principal financiador do novo
fundamentalismo islâmico, a Arábia Saudita, se mostrarem estupefatos com o
atentado. A hipocrisia pode ser de governos e Estados.
A
Globo, como sempre, já se apoderou dos doze cadáveres e como uma ave agourenta, os colocou
debaixo dos braços e os usa para aumentar seus minguados índices de audiência.
E a Grande Escuridão está no horizonte.
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