A grotesca cena em que um segurança da
Câmara de Deputados, dá uma gravata numa “adorável velhinha” que, ao que tudo
indica, estava fazendo crochê enquanto se desenrola a batalha campal entre a
oposição e o governo, sobre a aprovação de uma Lei que autorizava o governo a
diminuir o Superávit Primário, um termo elegante e, ao mesmo tempo, obscuro
para a esmagadora maioria dos brasileiros, foi mostrada intensamente pela mídia
nacional.
A "adorável" velhinha que vive sonhando com os gorilas fardados e é tiete de Aécio Neves : a "vovó fascista". |
A imprensa, na sua esmagadora maioria,
surtou com a proposta do Governo que, para os vestais fiscalistas, seria
simplesmente o fim de toda e qualquer oportunidade que o Governo teria em
melhorar a situação do país. Os articulistas que fedem a mofo, como Reinaldo
Azevêdo, aquele patético articulista do Esgoto-Veja, escreveram vociferações
contra Dilma, pedindo o impeachment; enquanto um demente reacionário chamado
Olavo de Carvalho, cuspia ódio nas redes sociais contra Dilma, o Governo e o
falo da extrema-direita: o PT.
Aécio Neves, que andava desaparecido,
voltou à cena e assumiu o papel da oposição venezuelana, que vive tentando depor
os governantes eleitos. Falou sobre “organização criminosa” e na “batalha do
Superávit” urrava mais do que torcedor do Coríntians quando seu time faz um gol.
Todos contra Dilma, desde as “milícias digitais” que esculhambam a presidente
com impropérios que faria a “velhinha do Superávit” apertar seu crucifixo de tanta
vergonha; passando pelo Lo(uco)bão, que sem renda de seus (in)sucessos
recentes, tá fazendo o papel de “papagaio dos fascistas”; chegando às antas
televisivas, que despejam ilações absurdas, ajudada por economistas de meia tigela
que não tem nenhum receio em fazer comentários mentirosos nas emissoras de
televisão.
O Brasil já vem diminuindo o tal do
Superávit Primário desde 2012, de forma acertada, por que esse Superávit
Primário é a mais escancarada expressão do poder do mercado financeiro dentro
de um país, visto que foi uma IMPOSIÇÃO do Fundo Monetário internacional (FMI),
feita em 1998, ano em que muitos festejam a estabilidade do Plano Real, embora
nesse ano o Brasil estivesse tão enfraquecido que a reeleição de FHC teve que
ser comprada descaradamente e o “doutor” fez carreira e foi pedir dinheiro ao
FMI, que fez suas tradicionais exigências, entre elas, a criação de um
instrumento que OBRIGASSE os governos a reservarem parte de sua arrecadação
para o PAGAMENTO DOS JUROS DA DÍVIDA PÚBLICA.
Desse acordo nasceu a Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF), promulgado em 2000, não cumprido por FHC e
deixado como uma “coisa boa” prá Lula que continuou a obedecer às bases do
acordo de 1998, graças ao neoliberal petista Antonio Palocci. É bom que se diga
que a LRF, nas suas intenções é positiva quanto à questão da gestão dos agentes
governamentais, mas sua essência é FINANCEIRA, não tendo NADA a ver com a
preocupação com DESENVOLVIMENTO.
O pior é que a mídia MENTE sobre a questão,
induzindo o espectador a pensar que só no Brasil é que o governo descumpre o
Superávit Primário, o que é uma MENTIRA escabrosa, pois a esmagadora dos países
mais desenvolvidos NÃO CUMPRE SUAS METAS FISCAIS, e nem por isso vemos
parlamentares e velhinhas fascistas se engalfinhando com agentes de segurança
da Câmara para protestar contra o não cumprimento das metas fiscais. Seria
ridículo se não fosse trágico. Os EUA, por exemplo, tiveram um DÉFICIT PRIMÁRIO
de 7,8% ano passado e nem por isso vimos a Globo anunciar a hecatombe no país
de Benjamim Franklin.
Com uma Comunicação INEXISTENTE, o
Governo não tem tido competência para enfrentar o debate, preferindo agir como
se fosse culpado de ter optado por fazer investimentos do que pagara juros,
algo pedido pelas esquerdas desde a década de 80 e que as centrais sindicais
almejam o tempo todo.
Não se trata de estabelecer a anarquia
fiscal, como dizem os apóstolos do caos, mas de, em um momento de crise, ter a
coragem de optar pelos que não vivem do parasitismo financeiro.
O Governo fez bem, mas a “vovozinha
fascista”, Lo(uco)bão, Aécio “turista” Neves e o exército de articulistas
fascistas, fazem barulho e merecem uma semi-idolatria da mídia que não tem
vergonha de sonegar impostos e nem de mentir descaradamente aos seus
espectadores.
A guerra continua.
Nenhum comentário:
Postar um comentário