Enquanto a Comissão de Transição se
debruça sobre os números que irão indicar o tamanho do pepino que Robinson
Faria (PSD) vai herdar a partir de 1° de janeiro de 2015, começam os fuxicos,
sussurros e a correria para engrossar as fileiras do “partido do governo”, sem
dúvida a maior força política que existe no RN desde que Pedro Velho deu
conhecimento da proclamação da República nos idos de novembro de 1889.
Robinson Faria é do PSD, que grande
parte dos norte-rio-grandenses sequer sabe o que significa, e foi eleito a
partir de uma aliança política cujo “núcleo duro”, aqueles que acreditaram
desde o início na sua demanda, partiu do PCdoB, depois se juntou o PT e, a
partir dai vieram mais cinco partidos: PP, PT do B, PEN, PTC e o PRTB.
Convenhamos que nada indicava que essa coligação poderia fazer frente ao “chapão”,
formado por todos os ex-governadores do RN, desde 1982; seis dos sete deputados
federais, já que a sétima, Fátima Bezerra, era candidata ao Senado; nada menos
que dezoito dos 24 deputados estaduais; os três senadores; e mais de cento e
vinte dos cento e sessenta e sete prefeitos. Mas a “chapinha” ganhou.
E agora forma-se, como em todo o
período pós-eleição o “partido do governo”, formado por tudo que presta e do
que não presta em termos políticos. Uma parte deverá correr para o PSD, o “partido
do governador”; os mais descarados poderão até ser tomado por “surtos
progressistas” e irem bater à porta do PT e do PCdoB, mas o fato é que a
corrida “prá se dar bem” já começou.
Há sinais de que a correria para entrar no "partido do governo" já começou |
Essa história já é conhecida de todos,
mas cabe ao governador eleito, que por sinal veio desse núcleo, ter a
sensibilidade e a capacidade política de navegar sobre as águas do oportunismo
e da dissimulação, pois seu governo, como está sendo o de Carlos Eduardo (PDT)
é o de reorganizar uma massa falida chamada “governo do RN”.
Alianças e acordos, especialmente para
quem só tem 6 dos 24 deputados estaduais e não conta com nenhum grande meio de
comunicação ao seu lado, além do olhar desconfiado dos movimentos sociais e
sindicais, calejados por lutas contra governos conservadores, é uma necessidade
de sobrevivência política, hoje chamada de “governabilidade”.
Esperemos para ver o perfil do novo
governo e ver onde o “partido do governo”, a quem um conhecido meu chama de “partido
dos sem-vergonha”, se encaixará.
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