quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O CHAFURDO DAS CORPORAÇÕES DE OFÍCIO DO SÉCULO XXI : VIVA A MORTE!



A guerra nada santa promovida pelas corporações de ofício do século XXI contra o programa Mais Médicos, e agora a xenofobia corporativa contra a chegada dos médicos vindos de Cuba, mostra a face anacrônica de uma corporação que se firma na defesa de um pensamento que nem a lógica freudiana explicaria. Ser contra um profissional que vai trabalhar num lugar que ele não quer ir.
Desde o anúncio desse programa, que as corporações, movidas por uma visão tosca de vergonhosa e clara “reserva de mercado”, levantaram as espadas e iniciaram uma feroz batalha contra o Programa e a vinda dos médicos estrangeiros.
A Federação Nacional dos Médicos (FENAM), talvez movida por um “surto abolicionista” e “muito preocupada” com os “coitados” dos médicos cubanos, os mesmos que algumas belas e inúteis patricinhas de jaleco branco vaiaram, em Fortaleza, pediram à Procuradoria-Geral do Trabalho, que parece não ter o que fazer, a investigação da relação de trabalho dos profissionais que atuarão pelo Mais Médicos[1].
Essa mesma corporação entrou junto com a “conhecidíssima” Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para revogar a medida provisória que criou o programa. Estão juntando os penduricalhos sindicais e associativos para formar uma frente contra o Mais Médicos.
Geraldo Ferreira : pedantismo e sandice abolicionista.
O presidente da FENAM, Geraldo Ferreira Filho, assumindo sua “liderança” contra o governo, afirmou que “hoje, o único grupo organizado que enfrenta o governo é o dos médicos. E o governo passou a nos ver como os inimigos, seus adversários”, como estivéssemos em alguma guerra civil e que o Exército do Jaleco Branco fosse nossa redenção.  Segundo ele, o país vive sua pior campanha política contra um grupo de profissionais. “O que importa é que a cidade que não tem médico deve sim ter um médico. Mas um médico, não um curandeiro, um médico improvisado ou o trabalho escravo.” [2], demonstrando um “alto” conhecimento sobre normas internacionais e um “profundo” conhecimento sobre o histórico dos médicos e da própria medicina cubana.
A Associação Médica Brasileira (AMB) foi mais além, ao criticar duramente o programa, ao afirmar que "Trata-se de nítida manobra político-eleitoral, uma vez que se aproveita do clamor público oriundo das ruas para impor uma medida inócua e populista, que não enfrenta os reais problemas do sistema público de saúde", disse a AMB em documento divulgado na sexta passada (23).
Finalmente os abolicionistas do Conselho Federal de Medicina (CFM), depois de serem os mais radicais na oposição ao Programa e à vinda dos médicos estrangeiros, vieram a público dizer que são contra “atos de xenofobia”, ao mesmo tempo em que mantiveram o discurso típico dos reacionários anti-cubanos e a tese maluca de que os médicos cubanos são “escravos”[3].
Aos olhos atônitos da população e longe, mas bem longe dos pobres das periferias e dos rincões que serão beneficiados por esses “escravos”, os ensandecidos dirigentes dessas corporações parecem inebriados pelo seu elitismo estilo senzala, pelo pedantismo “doutores o” e por uma escancarada defesa do status quo da saúde, ou seja, danem-se os pobres e viva meu espaço!
Essa batalha, que está apenas começando e que promete ser recheada de novas e lamentáveis ações e atitudes, já tem um perdedor: a categoria médica. Tão importante para a população, essa categoria, mergulha nos sonhos delirantes dos seus líderes e está conseguindo atrair a antipatia de vários segmentos da sociedade.

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