O Hospital Gizelda Trigueiro
NÃO se localiza em Damasco, capital da Síria, destruída por uma violenta guerra
civil há dois anos. Também não se localiza na paupérrima Harare, capital do
país mais pobre do mundo, o Zimbábue. O dito hospital localiza-se na rua Cônego
Monte, 110, no bairro das Quintas, Natal, capital do Rio Grande do Norte. Nesse
hospital, localizado num país que não está em guerra, o cidadão não
encontra um ESPARADRÁPO e o pronto-socorro simplesmente parou de funcionar.
Gizelda Trigueiro : uma vergonha. |
E hoje (24) pela manhã, na emissora de televisão do
clã Alves, que comanda o PMDB, aliado de ocasião da governadora Rosalba
Ciarlini (DEM), do clã Rosado, assistimos a um jovial e elegante secretário de
saúde Luiz Roberto Leite Fonseca, informar aos cidadãos que está preocupado com
a catastrófica situação da saúde do RN. Deverá, segundo ele mesmo, tomar “providências”
para tentar consertar o caos instalado pelo governo do qual ele faz parte. Se ele dissesse o contrário poder-se-ia pedir a internação dele no pinel.
O elegante secretário da Saúde, Luiz Roberto : percebeu o óbvio? |
Ao olharmos mais esse
episódio patético de um hospital que deveria ser de primeira qualidade, vemos
que há uma completa falta de compromisso dos governos dos clãs, com os
cidadãos. A cidade de Natal virou um centro de execução de jovens, com números
que assustam os especialistas e aterroriza quem mora na periferia e a educação
não está capenga. Se arrasta em meio à uma crise que atravessa décadas.
Imaginando os gritos de “O
Gigante Acordou” (sic) e das vultosas manifestações que ocorreram na quinta
passada (20) em Natal, percebo que a revolta dos manifestantes bem que poderia
ter um endereço direto já que milhares de trabalhadores pobres ou de baixa renda,
aqueles que entram nos vagões do “trem do grude”; aqueles que se espremem nos “busões”
de quinta categoria; aqueles que rezam para que seus filhos tenham aulas nas
escolas públicas e aqueles que sentem um calafrio quando precisam ir a um
pronto-socorro estão sendo governados por um esquema de poder que se reproduz
como câncer e que vive do voto.
Os próximos capítulos a
serem escritos nessa história de horror bem que poderiam ser lidos pelos “adormecidos”
que, como num passe de mágica, acordaram, mas não perceberam que o problema não
está a 2.436 Km daqui, mas bem ali, no Centro Administrativo, no prédio da
Governadoria, onde os clãs fizeram dele sua residência, e, quem sabe, esses "adormecidos" não pudessem questionar como uma gestão de recursos públicos, que só aumentam, pode gerar serviços tão ruins como os que recebemos.
Caberá, ou não, ao voto,
mudar esse cruel destino de quem precisa do Gizelda Trigueiro.
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