segunda-feira, 24 de junho de 2013

GILZELDA TRIGUEIRO : HORROR E INCOMPETÊNCIA NUM ABRAÇO MACABRO



O Hospital Gizelda Trigueiro NÃO se localiza em Damasco, capital da Síria, destruída por uma violenta guerra civil há dois anos. Também não se localiza na paupérrima Harare, capital do país mais pobre do mundo, o Zimbábue. O dito hospital localiza-se na rua Cônego Monte, 110, no bairro das Quintas, Natal, capital do Rio Grande do Norte. Nesse hospital, localizado num país que não está em guerra, o cidadão não encontra um ESPARADRÁPO e o pronto-socorro simplesmente parou de funcionar.

Gizelda Trigueiro : uma vergonha.
E hoje (24) pela manhã, na emissora de televisão do clã Alves, que comanda o PMDB, aliado de ocasião da governadora Rosalba Ciarlini (DEM), do clã Rosado, assistimos a um jovial e elegante secretário de saúde Luiz Roberto Leite Fonseca, informar aos cidadãos que está preocupado com a catastrófica situação da saúde do RN. Deverá, segundo ele mesmo, tomar “providências” para tentar consertar o caos instalado pelo governo do qual ele faz parte. Se ele dissesse o contrário poder-se-ia pedir a internação dele no pinel.
O elegante secretário da Saúde, Luiz Roberto : percebeu o óbvio?
Ao olharmos mais esse episódio patético de um hospital que deveria ser de primeira qualidade, vemos que há uma completa falta de compromisso dos governos dos clãs, com os cidadãos. A cidade de Natal virou um centro de execução de jovens, com números que assustam os especialistas e aterroriza quem mora na periferia e a educação não está capenga. Se arrasta em meio à uma crise que atravessa décadas.
Imaginando os gritos de “O Gigante Acordou” (sic) e das vultosas manifestações que ocorreram na quinta passada (20) em Natal, percebo que a revolta dos manifestantes bem que poderia ter um endereço direto já que milhares de trabalhadores pobres ou de baixa renda, aqueles que entram nos vagões do “trem do grude”; aqueles que se espremem nos “busões” de quinta categoria; aqueles que rezam para que seus filhos tenham aulas nas escolas públicas e aqueles que sentem um calafrio quando precisam ir a um pronto-socorro estão sendo governados por um esquema de poder que se reproduz como câncer e que vive do voto.
Os próximos capítulos a serem escritos nessa história de horror bem que poderiam ser lidos pelos “adormecidos” que, como num passe de mágica, acordaram, mas não perceberam que o problema não está a 2.436 Km daqui, mas bem ali, no Centro Administrativo, no prédio da Governadoria, onde os clãs fizeram dele sua residência, e, quem sabe, esses "adormecidos" não pudessem questionar como uma gestão de recursos públicos, que só aumentam, pode gerar serviços tão ruins como os que recebemos.
Caberá, ou não, ao voto, mudar esse cruel destino de quem precisa do Gizelda Trigueiro.

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Por Wellington Duarte. Tecnologia do Blogger.

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