Distante apenas 12 km de Natal, e já
completamente articulada e integrada com a capital, Parnamirim é relativamente
jovem como município, visto que sua emancipação de Natal data de 1958, com
120,2 km², sendo que ao iniciar-se a década de 1940, não passava de um conjunto disperso de habitações e um campo de pouso de propriedade francesa. Além disso, o municipio sofreu um extraordinário processo de
urbanização, passando de uma população de 14.500 habitantes em 1970, para
202.456 habitantes (IBGE, 2010).O PIB de Parnamirim é o terceiro do estado, com
R$ 1,65 bilhão (IBGE,2008), perdendo apenas para Natal e Mossoró, e no
município há um distrito industrial que gera um PIB de R$ 310 milhões
(IBGE,2008).
Parnamirim, por ter uma base militar da Aeronáutica, nasceu e cresceu até a década de 60, sob forte influência dos mesmos, além de ser um depósito de votos de Gastão Mariz, sobrinho de Dinarte Mariz, um coronel que dominou o RN por quase 4 décadas.
A principal liderança de Parnamirim é Agnelo Alves, ex-prefeito de Natal (1967-69), que desbancou Raimundo Fernandes, um fiel seguidor de Agripino Maia em 2000. Desde então a velha raposa do clã Alves, instalou um sólido sistema de poder que impede que os Maia se instalem às portas de Natal. Eleito duas vezes, escolheu para sucede-lo seu vice, o atual prefeito, reeleito por sinal, Maurício Marques, e nessa chapa já plantou as sementes de 2016, ao indicar a vice.
Mauricio Marques (PDT): Parceria com Agnelo |
Mauricio Marques (PDT), candidato a
reeleição é
aliado e devedor político dos Alves. O projeto político dos
Alves se concretizou numa grande coligação que incluiu Dibson Nasser (PP), o
vice-governador Robinson Faria (PSD), a líder do PSB Wilma de Faria, PT e PCdoB,
além da forte participação de Garibaldi, Henrique e Walter Alves. E a força da
máquina colocou em segundo plano os mais de sessenta processos contra o
prefeito Mauricio Marques, e ele cravou 55,4% dos votos.
Gilson Moura (PV), formou uma aliança
com João Maia (PR), Agripino e Rosalba (DEM), além da presença permanente do
senador Paulo Davim (PV), dos deputados federais Paulo Wagner (PV) e Felipe
Maia (DEM). A tentativa de se afastar de Micarla de Sousa (PV) não surtiu
efeito e Gilson Moura obteve 39,3% dos votos, sendo esta sua terceira derrota
consecutiva para o clã Alves.
João Batista Terto Holanda, o “Tita”
Holanda, foi lançado pelo PSOL e obteve 5,0% dos votos, um resultado até certo
ponto interessante, dado a polarização das duas maiores candidaturas. E o
militar reformado José Walter Xavier, o “Camarada Leto”, uma excêntrica
candidatura do fantasmagórico PCB, que obteve não menos fantasmagóricos 0,3%
dos votos.
E Mauricio terá uma folgada maioria na
Câmara de Vereadores de Parnamirim, com 14 dos 18 vereadores.
Dessa forma o poder dos Alves em
Parnamirim, iniciado em 2001, quando desbancaram o agripinista Raimundo
marciano, se mantém firme, embora Agnelo, o chefe desse controle, tenha uma
certa autonomia diante de Garibaldi e Henrique.
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