Bem...agora
vivemos uma nova fase da luta política no Brasil. Diante da pressão das ruas e
percebendo a necessidade de uma resposta contundente, a presidente Dilma meteu
o dedo na ferida. Propôs uma consulta popular para que o eleitorado decida que
tipo de sistema político deseja.
O
enfurecimento das oposições, que acusam Dilma de “desviar o foco”, a reação “azeda”
do Partido da Imprensa Golpista (PIG), cujos expoentes máximos são a Rede Globo
e o pasquim de quinta categoria chamado Veja, anima aqueles que desejam, enfim,
enterrar esse sistema apodrecido e que causa náuseas a cada dois anos.
Líderes
dos partidos da base aliada, suas lideranças no Senado e na Câmara, se reuniram
ontem (27) com Dilma, que vai encaminhar uma proposta ao Congresso até terça-feira,
dois de julho e fecharam questão na defesa do plebiscito, à exceção do Partido
Popular (PP), que defende o referendo.
E a
população, de uma forma geral, incluindo os “acordados” e “apartidários” terão
que se debruçar sobre o lado árido da luta política, que é a luta institucional pela mudança. É
necessário, a partir de agora, que os movimentos sociais iniciem a batalha da
informação num país desinformado.
Os “acordados”
e os “apartidários”, mas também os organizados, terão que enfrentar a
desinformação programada da mídia, o oportunismo do DEM, do PSDB e do PPS, o
fisiologismo do PMDB e as incertezas da base aliada. Não há nenhuma garantia
que a proposta a ser plebiscitada, expresse mudança de fato.
O
sistema político brasileiro, basicamente desconhecido pela esmagadora maioria
da população, tem servido para que as oligarquias, os clãs e os grupos se encastelarem
no poder e de lá não sairem, não importando que os governos mudem. Os carrapatos
são muito espertos.
O
desconhecimento é a arma mais poderosa dessas forças e elas já estão disputando
esse novo espaço aberto. E a melhor forma de ganhar essa disputa é informando,
em primeiro lugar como funciona o atual sistema político e defender o que é melhor para a participação política do eleitorado. Democracia dinâmica e direta, mas sem demagogia e a saída fácil dos extremos.
Não
imaginemos, entretanto, que mudar o sistema político é a redenção da política
no Brasil. O sistema pode até mudar, mas as pessoas e as classes sociais não
mudarão como num passe de mágica. Nada garante que, de repente, a ira contra a
corrupção desperte um “senso moralizador” nas raposas que tomam conta do
galinheiro, e sabemos que o RN, por exemplo, tem um exército muito bem
organizado de raposas que ocupam as três esferas do poder sem muito esforço.
Primeiro
passo? Explicar como funciona o sistema político atual. Segundo passo? Defender
as propostas que representam avanços.
Alea
jacta east!
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