sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

COMO UMA FILA DE BANCO PROVOCA REFLEXÃO? A TRISTE TRAJETÓRIA DO NOSSO "POVO"


Passado o quase-espetáculo circense da posse dos vereadores de Natal, e da posse do prefeito Carlos Eduardo, assim como diante do recesso da Assembleia Legislativa do RN, o noticiário político encolhe. A economia não e há claros sinais que 2013 serão tão ou mais complicado que 2012. Motivo? A máquina velha que move a Europa não consegue sair do lugar e os EUA vivem sua própria crise.

Então...o que publicar? Quem sabe a confirmação da cassação de Dibson Nasser (PSDB) pelo presidente da Assembleia, Ricardo Motta (PMN)? Talvez, mas creio que grande parte da população, que já não vê nesse colegiado grande coisa, embora o tenha elegido, não ligará a mínima prá essa cassação. Aliás, quem deve preencher a cadeira de Dibson é o conservador e reacionário José Adécio, fiel aliado de Agripino. Os poderes do DEM se fortalecem. Grande mudança.

Talvez mais interessante seja o fato de que Carlos Eduardo, numa canetada positiva, tenha suspendido o pagamento dos adicionais de serviço extraordinário e jetons, além de suspender, por 60 dias, as aquisições e contratações da área de informática da Prefeitura. Além disso, o prefeito começa a enfrentar o caos deixado pela Micarla, a Sofrida. Tarefa penosa e se Carlos e sua equipe não tiverem competência política para dialogar com a sociedade, logo a oposição vai começar a colocar a população contra ele, o que, aliás, não será muito difícil já que grande parte da Câmara Municipal é formada por camaleões fisiológicos e alguns abutres que deram apoio à catástrofe do último quadriênio.

O ano começa com a seca assolando o interior do Estado e as velhas raposas que comandam o “povo” do RN, repetindo os velhos discursos de “preocupação com os interesses do povo”. Talvez esse domínio tenha, de fato, explicações sociológicas e econômicas, mas nada é mais desalentador ver o “povo” se deliciando com a escória que se amamenta do poder público. 

Um exemplo disso é que ontem, na fila de um banco, vi (e ouvi) uma jovem comentando, alegre e faceira, sobre a posse de Rafael Motta como vereador, e as razões de ela, a jovem descerebrada, não apenas ter votado nele, mas ter feito campanha prá esse imberbe, rebento dos clãs. “Ele é tão legal”, disse a jovem, e a outra jovem complementou, “e é bonito”. As duas, embevecidas pelo seu mais novo representante na Câmara Municipal, quase entoaram cantos sobre a jovialidade do imberbe e a sua “capacidade” de “ajudar” as pessoas. E a mais nova delas encerrou esse trágico, mas verdadeiro diálogo com uma frase fantástica: “tomara que ele arrume dinheiro prá gente ver um bocado de shows aqui em Natal”.

Eis o que nos espera em 2013.

Um comentário:

  1. a mediocridade política de alguns ou de muitos é algo no mínimo triste...

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Por Wellington Duarte. Tecnologia do Blogger.

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