domingo, 25 de novembro de 2012

PT DIZ "NÃO" A CARLOS EDUARDO : RAPOSICE ?


Re es facto. Carlos Eduardo (PDT) foi eleito devido, em grande parte, ao caos administrativo instalado pela matilha instalada no poder desde 2008, e que praticamente destruiu a cidade. Eleito por uma coligação que é minoritária na Câmara de Vereadores e que será fustigada pelas oligarquias que controlam o estado, ele não poderá contar com o PT na sua administração. 

PT : não à Carlos Eduardo
Em reunião ocorrida ontem, 24, o Diretório Municipal do PT, depois de seis horas de auspicioso debate, decidiu por 26 votos contra 16, manter a decisão de não participar da administração de Carlos Eduardo.

Dos partidos que, na minha opinião, seguem uma linha de esquerda, PT e PCdoB[1], e com um certo esforço o PSOL[2], dois deles (PSOL e PT) não estarão na administração da cidade. PSOL, que elegeu dois vereadores, a reboque do fenômeno Amanda Gurgel (PSTU) manteve-se, sempre, com um discurso anti-sistema e logicamente não cogitou, em nenhum momento, sequer estabelecer qualquer nível de diálogo com Carlos. Típico dessa federação esquerdista. 

O PT, que apoiou “criticamente” a candidatura de Carlos Eduardo no segundo turno, depois de uma campanha muito boa do seu candidato, o conhecido deputado estadual Fernando Mineiro (PT), passou a viver o drama que segue um partido de esquerda ao se defrontar com uma administração de coalizão : o “sheakespeareano” participar ou não participar, eis a questão.
Virginia Ferreira : saiu antes de ser expulsa do PT.

E logo veio a primeira baixa. A coordenadora da equipe de transição carlista, Virginia Fernandes, que na realidade já não militava há muito tempo nas instâncias partidárias, preferiu sair antes de ser expulsa. Até aí nada de tão extraordinário.






Cipriano : recebeu o "não" do PT.
Posteriormente Carlos Eduardo convidou Raoni e o médico e professor da UFRN Cipriano Maia, conhecido pelo seu trabalho na defesa da saúde pública. Cipriano aceitou. Raoni não. Na comunidade acadêmica da UFRN, o convite à Cipriano foi bem recebido já que representa a montagem de uma equipe de alto nível, que já conta com a professora universitária aposentada Justina Iva e pelo vice-diretor do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da UFRN, José Dionisio, também muito bem visto no meio acadêmico.


Fátima defendia participar da gestão carlista.
A deputada federal Fátima Bezerra, campeã de votos do partido, defendeu a participação na administração carlista. Hugo Manso, eleito vereador, também defendeu a participação petista. Ambos tiveram suas posições derrotadas.





Hugo defendeu participação : PT disse "não".
Mas Mineiro, deputado estadual, foi contra. Fernando Lucena, que diz contabilizar o apoio de 19 "colegas" para ser eleito presidente da Câmara Municipal, também ficou contra.






Mineiro foi contra a participação :PT disse "sim".
Coincidentemente o Jornal de Hoje, um dos mais ferozes adversários de Carlos Eduardo, já aplaudiu a “atitude coerente” do partido.

A decisão do PT foi para "preservar a coerência" e manter a fidelidade de sua militância  ou foi, como me disse uma raposa petista, para eximir-se de um eventual fracasso de Carlos Eduardo, já pensando em 2014?



O fato concreto é que o PT de Natal, ranzinza, decidiu manter-se “neutro” quanto à gestão.


[1] PSTU, PCB, PCO, e POR são de extrema-esquerda
[2] Considero o PSOL uma federação de correntes sem unidade partidária.

2 comentários:

  1. A verdade é que o PT está receoso, pois sabe que administração de Carlos Eduardo não irá corrigir todos os problemas da cidade em apenas um mandato, então: "Vamos pagar pra ver!"

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  2. Ergamos nossas cabeças com valentia e coragem, e sem covardia. A luta para reconstruir nossa Cidade não se apóia em decisões de pessoas de progresso tático e mesquinho.
    Faz-se sim, necessário que todos se unam, de uma forma ou de outra, para resgatar a luz do entusiasmo que fora escurecida pelas mesmas ideologias ultrapassadas, e praticadas por alguns nos últimos quatro anos.
    Hoje, surgem novas “utopias” em máscaras de levante, e de falsas normalidades.
    Valerá àqueles, nesse presente momento, usar e intentar chegar a uma liderança, sentados, vendo e torcendo para, se não o seu, o futuro governo tropeçar e não dá pelos menos uma bengala para lhe acudir?
    Louvados aqueles da razão que lutaram pelo bom senso, e que Natal não esquecerá!

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