A pesquisa divulgada pela Tribuna do Norte¹ não revela nenhuma novidade. Carlos Eduardo tem uma larga vantagem sobre o candidato das oligarquias e a reportagem tenta, de forma sutil, colocar Carlos Eduardo como candidato dos velhos, pobres e iletrados.
Hermano, de fato, tem uma pequena vantagem entre os que tem o 3° grau (38,2% a 34,8%) e perde feio entre os que chegaram até o 1° grau (62,5% a 27,8%).
A Tribuna faz sua parte e utiliza o método já conhecido. Uma reportagem bem escrita e tendenciosa, tentando fazer colar a (falsa) idéia de que Hermano é realmente o novo.
Porém um quesito salta aos olhos. A trajetória de vida política e pessoal dos dois candidatos é que tem maior peso na escolha (34,0%), seguido das propostas (31,3%). E aqui está o calcanhar de Aquiles de Hermano. Sua trajetória política e suas propostas são a expressão viva de uma candidatura ôca.
Carlos foi do PMDB até que ser defenestrado pela dupla Garibaldi e Henrique, que queria o mesmo como a representação mais progressista do clã Alves no Legislativo estadual. Esse papel foi recusado por Carlos que ingressou no PSB, que logo se revelou ser a franquia de Wilma. Carlos aportou no PDT e lá está.
Hermano é camaleão governista. O lema " ¿Hay gobierno? Yo estoy allí!" parece fazer parte do seu vocabulário já que tem o "dom" de se amoldar a todos os governos que passaram pelo RN e Natal desde 1992².
O camaleão das oligarquias tenta, de forma melancólica, desconstruir sua história, construindo um perfil que não bate com a realidade. Não conseguirá.
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